Pelodytes ibericus Sánchez-Herráiz, Barbadillo, Machordom & Sanchiz, 2000
É um pequeno anuro que só chega a ter 3,0 a 4,5 cm de comprimento. As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos. Este sapinho tem a cabeça relativamente achatada com um focinho curto e arredondado. A pele pode ser lisa ou granular com verrugas escuras. Peculiares mesmo são suas verrugas verde-azeitona um tanto alongadas que se destacam do dorso verde-claro, muitas vezes criando algumas fileiras ao longo do corpo. O ventre tem tonalidades branco ou creme e a garganta dos machos em fase de reprodução tem uma cor escura.
Habitat e Ecologia
Ocorre nas áreas abertas de charneca ou de campinas arvenses, sobretudo em terrenos alagadiços, nas margens de charcos, pequenas albufeiras ou em remansos de riachos temporários. Também coloniza tanques, valas inundadas e outros ambientes marginais, tais como pedreiras abandonadas. Sendo uma espécie geotrópica aparece em poços, noras, minas e grutas e demais estruturas em profundidade.
Período mais favorável à observação
De hábitos noturnos, a atividade anual desta espécie só se faz notar na estação reprodutora, que vai de outubro/novembro a abril/maio. Os machos coaxam metidos dentro de água e/ou próximo de tufos de vegetação.
Na Herdade da Mitra é uma espécie que ainda não foi encontrada, mas que habita nas imediações da albufeira da Tourega e daí distribui-se pelas vastas planícies ao sul de Évora.
Curiosidades
Os machos, embora pequenos, emitem coaxos fortes constituídos por duas notas: um som ascendente 'huah' seguido por um som descendente graaah que se repete duas ou mais vezes.
Distribuição
Espécie endémica do sul de Portugal e do sul de Espanha. Em Portugal continental ocorre sobretudo nas planícies do Ribatejo, Alentejo e Algarve.