Nome científico:

Pelophylax perezi (Seoane, 1885)

Nome comum:
Rã verde ibérica
Família:
Ranidae

 

 

Trata-se do anuro mais frequente em Portugal, o qual tem uma vida predominantemente aquática. É uma rã relativamente grande, pois atinge com frequência 7,5 cm e, excepcionalmente, ultrapassa os 10 cm. A coloração e os padrões dorsais podem variar muito. A coloração dorsal de fundo é geralmente verde, podendo surgir exemplares acastanhados ou acinzentados. Apresenta sempre um cordão vertebral verde-alface e duas pregas dorsolaterais amareladas ou acastanhadas típicas desta espécie. Tem tímpanos grandes e bem visíveis, de cor castanha ou amarelada. Os olhos são grandes, muito juntos e proeminentes, com pupila horizontal elíptica;a írisé dourada com coloração escura. Os machos possuem um par de sacos vocais, cada um alojado nos cantos da boca. Quando o saco vocal não está insuflado, é fácil observar as pregas cutâneas de cada lado da boca.

 

Habitat e Ecologia

Esta rã está sempre ligada à presença de água que constitui o seu principal refúgio. Ademais ocorre em praticamente todos os tipos de meios aquáticos naturais e artificiais: charcos, lameiros, lagoas, barragens, ribeiros, tanques, poços, etc. independentemente do biótopo circundante, desde áreas naturais a zonas fortemente humanizadas.

 

Período mais favorável à observação

Nos períodos invernais muito frios pode hibernar ou então ficar inativa por um período de tempo variável. Caso contrário, a rã verde mantém-se ativa tanto de dia como de noite, sobretudo a partir da época de reprodução (em geral entre março e julho). Mas em períodos de temperatura elevada pode enterrar-se na lama.

Na Herdade da Mitra a rã verde é facilmente observável nas margens da Ribeira de Valverde, ao longo de regatos, em redor de charcos e nos tanques de água, sobretudo em locais com grande exposição solar.

 

Curiosidades

Os machos atraem as fêmeas através de um coaxar complexo (uma mistura de cerca de cinco sons diferentes) que se ouve a grande distância. As pessoas facilmente reconhecem este coaxar como pertencendo à rã-verde. Por vezes, os indivíduos maiores são capturados para a alimentação humana, para se preparar um petisco de pernas de rã fritas ou guisadas em molho de tomate.

 

Distribuição

Distribui-se por toda a Península Ibérica alcançando o seu limite setentrional no sul de França. Ocorre em todo o território continental e como espécie introduzida nos arquipélagos da Madeira e Açores.