Usnea rubicunda Stirt.
Talo fruticuloso, erecto a pendente, até 10 cm de comprimento. Coloração avermelhada, por vezes acizentada ou esverdeada. As ramificações principais são articuladas, devido a constrições no talo, e possuem fibrilhas longas (até 1 cm de comprimento) e tubérculos, que encontram-se muitas vezes erodidos, dando origem a sorálios e papilas. Os sorálios podem estar cobertos de estruturas semelhantes a isídios. Os apotécios são raros.
O género Usnea é um género muito difícil de identificar sendo que, na maioria das vezes, é necessário recorrer a diversos testes químicos. Distingue-se de outros géneros semelhantes por apresentar um cordão interior, facilmente observável quando se retira o córtex. A U. rubicunda é relativamente fácil de reconhecer devido à sua coloração avermelhada, mas é uma espécie muito polimórfica no que diz respeito à cor e pode ser confundida com outras espécies semelhantes quando os talos são ainda jovens, maduros ou que se encontram deteriorados. Esta espécie está actualmente a ser alvo de revisões taxonómicas.
Habitat/Ecologia
Espécie preferencialmente epifítica, comum em bosques da região mediterrânica húmida, em locais relativamente expostos à radiação solar. Ocasionalmente pode ser observada à sombra e em rocha.
Período mais favorável à observação
Durante todo o ano.
Sensibilidade à poluição atmosférica
Pouco tolerante à eutrofização.
Distribuição
Espécie cosmopolita, muito frequente em Portugal.