Nome científico:

Sphodromantis viridis (Forskal, 1775)

Nome comum:
Louva-a-deus africana
Família:
Mantidae

 

 

Tamanho corpo adulto: a fêmea pode atingir os 90 mm de comprimento; macho é sempre de menor tamanho, cerca de 70 mm.

Cor pode variar do verde brilhante ao castanho opaco. Ambos os géneros apresentam uma mancha branca distinta, nas suas asas. Nas patas dianteiras, internamente, tem cor amarelada.

Cabeça pequena, triangular, flexível, pode girar até 180 graus; tem armadura bucal trituradora. Antenas filiformes, compridas e finas. Olhos compostos grandes e 3 ocelos entre as antenas. Tórax comprido. Patas anteriores preênseis, especializadas na captura rápida de presas; são pontiagudas e com uma fiada de espinhos para facilmente segurar a presa. Abdómen comprido e globoso; machos têm oito segmentos abdominais, enquanto as fêmeas têm seis.

 

Habitat e Ecologia

Vive em locais ensolarados com arbustos altos e vegetação densa, não raramente em pequenos pontos húmidos localizados dentro de áreas secas e quentes. Também aparece em jardins, parques e zonas cultivadas. Alimenta-se de outros insetos, tais como grilos, borboletas e gafanhotos. São predadores agressivos, de emboscada, muito rápidos, normalmente permanecem imóveis durante bastante tempo. Facilmente se mimetizam na vegetação ao seu redor, movendo-se repetidamente de um lado para o outro, assemelhando-se a um raminho balançando ao vento.

São solitários, de hábitos diurnos. O acasalamento ocorre entre agosto e outubro. Tal como na maioria das espécies desta família, os machos são vítimas de canibalismo. É frequente a fêmea comer o macho durante ou após a cópula. A oviposição ocorre no outono. Os ovos são depositados juntamente com uma espuma que endurece, constituindo uma ooteca que pode conter entre 200 a 300 ovos. As larvas emergem na primavera seguinte (abril a maio).

 

Período favorável à observação

Adultos podem ver-se ao longo de todo o ano, em ambientes onde existam grande quantidade de insetos para se alimentarem.

 

Distribuição

Originária de África ocidental, pode ser encontrada, como espécie introduzida, em países europeus, tais como Portugal, Espanha e Chipre. Encontra-se em processo de expansão na Península Ibérica.

 

Observações

Os primeiros registos desta espécie para Portugal continental, desde 2008, foram em Campo Maior, Barrancos e Moura (https://doi.org/10.3897/BDJ.2.e1037).

Em 2019 há novos registos da sua ampliação de distribuição conhecida, para norte e sul, nomeadamente em Segura (Castelo Branco) e Praia Verde (Faro).