Gryllus campestris Linnaeus, 1758
Tamanho corpo adulto: 15-25 mm.
Adulto tem corpo achatado, cor preta, amarela na base dos élitros (machos). Cabeça redonda, antenas filiformes, compridas e finas. Pronoto mais estreito do que a cabeça. Patas posteriores desenvolvidas, próprias para o salto. As fêmeas distinguem-se dos machos pela cor acastanhada e base dos élitros não amarela. Na zona terminal do corpo os machos têm dois apêndices, enquanto as fêmeas têm 3 (um é o ovipositor).
Habitat e Ecologia
Habita pastagens pobres em nutrientes, locais secos com vegetação rasteira, prados de feno, charnecas e extensas pastagens soalheiras em solos arenosos.
Tem atividade principalmente diurna, mas também noturna.
Alimenta-se preferencialmente de plantas, ocasionalmente de larvas e pequenos insetos mortos. Vive em tocas escavadas no solo e podem ser vistos nas suas entradas para “cantar” ou se alimentar. As tocas são usadas como abrigo contra predadores, para a postura de ovos e local de hibernação das ninfas. Os grilos de campo não voam. As fêmeas vagueiam em busca de machos e suas tocas. Só os adultos machos “estridulam” para atrair as fêmeas para a reprodução. Emitem um canto típico, consideravelmente alto e estridente, proveniente da fricção das asas anteriores modificadas. Possuem órgãos auditivos, designados tímpanos, que se localizam nas tíbias das patas anteriores.
Reproduz-se apenas uma vez por ano.
Período favorável à observação
Adultos ocorrem de março a agosto. É uma das espécies de grilos mais abundante no território português.
Distribuição
A sua distribuição vai desde o norte de África, Europa até à Ásia ocidental. Está ausente no norte da Europa e em grande parte da Grã-Bretanha. Em Portugal encontra-se em todo o continente e arquipélago dos Açores.
Observações
Possui um dos sistemas acústicos mais complexos do mundo animal.
Nas duas últimas décadas tem vindo a desaparecer dos campos alentejanos, sendo cada vez menos frequente.