Erodium botrys (Cav.) Bertol.
Herbácea anual ou bienal, de caules ascendentes ou decumbentes, com 7-60 cm de altura, pêlos não glandulosos, alguns glandulosos compridos e algumas glândulas, principalmente no ápice.
Folhas basilares com 1,9-9,5 x 0,4-4,5 cm, as caulinares um pouco menores, 1,1-7,2 x 0,4-3,7 cm, oblongas a ovadas, peninérveas, com recortes muito profundos (muitos até à nervura central) e outros mais superficiais, pecioladas, geralmente com poucos pêlos não glandulosos; estípulas ovado-oblongas, membranáceas, esbranquiçadas, glabras, mas ciliadas.
Flores em grupos de 2-4, com 5 pétalas de 6,5-12 mm, rosadas a purpúreo-azuladas com nervuras mais escuras e sépalas com abundantes pêlos glandulosos e não glandulosos; estames, alguns dos quais estéreis, esbranquiçados, com alguns pêlos, anteras azuladas ou purpúreas e pólen amarelo-alaranjado.
Fruto um esquizocarpo com 85-132 mm, constituído por uma coluna central à qual se prendem 5 mericarpos castanho-acinzentados, cada um com uma arista com fibras rígidas e uma semente.
Habitat/Ecologia
Espécie ruderal, comum em locais perturbados como bermas de estrada e caminhos; também em campos agrícolas incultos, pousios, clareiras de pastagens e matos abertos, de preferência em solos secos, arenosos e, mais ou menos, nitrificados.
Período mais favorável à observação
Floração: fevereiro a junho.
Utilizações e Curiosidades
As aristas dos mericarpos (fruto) são sensíveis à humidade e à medida que as sementes amadurecem as aristas secam, vão-se arqueando e enrolando em hélice, o que produz tensão e lhes permite catapultarem as sementes a uma distância considerável, facilitando a sua dispersão.