Nome científico:

Lavatera cretica L.

Nome comum:
Lavatera-silvestre, malva-alta, malva-bastarda ou malvão
Família:
Malvaceae
Autóctone

 

 

Herbácea anual ou bienal, até 2 m de altura, esparsamente coberta por pêlos estrelados nalguns órgãos jovens.

Folhas longamente pecioladas, principalmente as inferiores, alternas, cordiforme-orbiculares, até 20 cm de diâmetro, recortadas, com 5-7 lóbulos pouco profundos, mais ou menos arredondados e crenados; estípulas triangulares, com 5-7 x 2,5-3 mm, mais ou menos persistentes e pilosas.

Flores em grupos de 2-8 nas axilas das folhas, com pedúnculos de 2-15 mm (mais curtos que o pecíolo da folha axilar), actinomórficas, com 5 pétalas livres, com 12-25 mm, rosado-lilacíneas, com uma reentrância na extremidade (acuminadas) e 5 sépalas verdes, pontiagudas; a cobrir o cálice encontra-se um epicálice, constituído por 3 brácteas largas, fundidas na base, mais curtas que o cálice e acrescentes na frutificação; estames numerosos, parcialmente soldados pelos filetes (monadelfos), formando uma coluna central.

Fruto múltiplo, esquizocárpico (os mericarpos separam-se completamente na maturação), com 7-10 mericarpos, amarelados, convexos e lisos ou levemente rugosos, dispostos em circulo, correspondendo cada um a uma semente, em volta de um carpóforo (prolongamento de eixo floral). 

 

 

Habitat/Ecologia

Espécie ruderal e nitrófila, abundante na berma de caminhos, taludes, campos de cultivo, baldios e lixeiras; prefere locais bem ensolarados, não suportando a sombra.

 

Período mais favorável à observação:

Floração: março a julho.

 

Utilizações e Curiosidades:

Lavatera é um nome genérico dedicado aos irmãos Lavater, médicos e naturalistas suíços do século XVII e cretica é um termo alusivo à ilha de Creta. Esta espécie mostra preferência por terrenos bem azotados, pelo que é uma planta indicadora de solos nitrificados. As espécies do género Lavatera podem, com facilidade, confundir-se com as do género Malva (da mesma família). Para além de outros aspetos, podem distinguir-se através das brácteas do epicálice que em Lavatera são fundidas na base, enquanto em Malva são livres.