Nome científico:

Mustela putorius Linnaeus, 1758

Nome comum:
Toirão
Família:
Mustelidae
Autóctone

 

 

Mustelídeo de corpo esbelto e longo (32 a 45 cm). Apresenta uma coloração acastanhada escura bastante uniforme, que pode ser mais clara na zona dos flancos. Em redor do focinho, das regiões auriculares e oculares tem uma mancha branca amarelada muito característica. A cauda mede até 19 cm e as patas posteriores entre 5 e 6 cm. Apresenta um dimorfismo sexual extremamente acentuado, as fêmeas podem ser 60 a 90% menores que os machos.

Encontrar os indícios de presença desta espécie é por vezes complicado uma vez que as pegadas são muitos similares às de outros mustelídeos (e.g. visão-americano e furão), sendo quase impossível distingui-las com precisão. Os dejetos geralmente são cilíndricos, ligeiramente retorcidos, com dobras e terminam em ponta. É frequente conterem pelos, ossos e, por vezes, material vegetal. A coloração pode variar, embora seja comum observar-se uma coloração negra brilhante que vai desvanecendo com a passagem do tempo. 

 

Habitat e Ecologia

É uma espécie generalista em termos de habitat ocupando florestas caducifólias e de coníferas não muito densas, matos, vegetação ripícola, orlas e zonas cultivadas, tirando partido de paisagens em mosaico. Evita zonas muito urbanizadas, mas a grande variedade de habitats que ocupa e a variedade no tipo de presas levam a crer uma grande adaptabilidade da espécie. É oportunista em termos de abrigos, ocupando frequentemente as tocas feitas por outros animais (e.g. coelho-bravo).

Tem um grande espectro trófico com a dieta a variar consoante a região geográfica e o tipo de habitat onde se insere. Ainda assim, existem algumas presas-tipo onde se incluem alguns micromamíferos e anfíbios. Na Península Ibérica, alimenta-se preferencialmente de coelho-bravo, quando este ocorre em grande abundância.

É um animal solitário de hábitos noturnos e com uma área territorial de tamanho muito variável (1 a 11 km2). A época de reprodução é a única altura em que os territórios de machos e fêmeas se sobrepõem.

 

Período mais favorável à observação

Apesar de ser um animal noturno, durante a época de reprodução, no verão e no outono, pode ser observado durante o dia. O acasalamento ocorre na primavera, podendo os machos acasalar com várias fêmeas. As crias nascem no verão e ficam com a progenitora até aos 3 meses de idade. No inverno a espécie diminui significativamente a sua atividade.

 

Distribuição

Esta espécie ocorre no Norte de África e na Europa, desde a costa atlântica até aos Urais e desde o sul da Escandinávia até ao mar Negro e mar Mediterrânico, com exceção dos Balcãs.

Na Península Ibérica a sua distribuição é generalizada, embora descontínua.