Cervus elaphus Linnaeus, 1758
Reprodução
O sucesso reprodutivo varia para os machos e as fêmeas em função de diferentes factores. Para os machos, cresce com a posição hierárquica e assim com a capacidade para competir pelo acesso à reprodução. Para as fêmeas, cresce com a fecundidade e investimento nos cuidados maternais. A gestação dura cerca de 235 dias, realizando as fêmeas mais prolíficas um parto por ano. Verificando-se gestações gemelares, é todavia mais frequente o nascimento de uma cria por parto.
Habitat e Ecologia
Machos e fêmeas tendem a utilizar o espaço e o tempo de forma diversa, podendo assim falar-se de uma espécie com duas ecologias. É durante a altura do cio, final do verão/início outono, que se assiste a uma maior coesão espacial entre os dois sexos. Trata-se de um herbívoro relativamente pouco selectivo, cuja plasticidade adaptativa lhe permite ocorrer em diferentes ambientes. Em Portugal encontra habitat favorável em áreas que combinam bosque/matagal mediterrânico com clareiras dominadas por vegetação herbácea.
Observações
Embora a taxonomia intraespecífica de Cervus elaphus seja algo controversa, estudos recentes em genética molecular suportam a ocorrência na Península ibérica de duas subespécies, C. e. hispanicus e C. e. bolivari, desde há muito descritas.
Distribuição
Encontra-se muito amplamente distribuído, estando presente tanto em regiões Paleárcticas como do Novo Mundo.
Em Portugal continental a sua distribuição é muito fragmentária, tendo alguns exemplares sido observados esporadicamente na Herdade da Mitra.