Erodium moschatum (L.) L'Hér.
Herbácea anual ou bienal, de caules ascendentes ou decumbentes, menos vezes eretos, com 8-90 cm de altura, com pêlos glandulosos e não glandulosos.
Folhas basilares com 5-22,5 x 1,2-4,8 cm, as caulinares um pouco menores, 3,4-20 x 2-5,5 cm, oblongo-lanceoladas, peninérveas, com recortes muito profundos (muitos até à nervura central) e outros mais superficiais, pecioladas, com pêlos não glandulosos, glandulosos e glândulas; estípulas ovadas, membranáceas, esbranquiçadas, glabras ou pilosas na página inferior, ciliadas.
Flores em grupos de 7-12, com 5 pétalas de 5,5-12,5 mm, purpúreas ou violeta-azuladas com nervuras mais escuras e sépalas com pêlos não glandulosos, glandulosos e glândulas; estames, alguns dos quais estéreis, violeta ou rosados, glabros, com anteras purpúreas e pólen amarelo-alaranjado.
Fruto um esquizocarpo com 30-45 mm, constituído por uma coluna central à qual se prendem 5 mericarpos castanho-acinzentados, densamente pilosos, cada um com uma arista com fibras rígidas e uma semente.
Habitat/Ecologia
Espécie ruderal, comum em locais perturbados como baldios urbanos ou rurais e bermas de estrada e caminhos; também em campos agrícolas cultivados e pousios, de preferência em solos secos e arenosos.
Período mais favorável à observação
Floração: janeiro a maio.
Utilizações e Curiosidades
As aristas dos mericarpos (fruto) são sensíveis à humidade e à medida que as sementes amadurecem as aristas secam, vão-se arqueando e enrolando em hélice, o que produz tensão e lhes permite catapultarem as sementes a uma distância considerável, facilitando a sua dispersão. Os óleos essenciais que produz têm utilização em perfumaria.