Nome científico:

Pinus pinea L.

Nome comum:
Pinheiro-manso; pinheira (Madeira).
Família:
Pinaceae
Exótica

 

 

Árvore conífera (sementes numa pinha ou cone), perenifólia, resinosa,com 15-25 m de altura, de tronco direito, com casca castanho-acinzentada, profundamente fendida, destacável em placas e ramos robustos; copa com 8-15 m de diâmetro, piramidal nas plantas jovens, mas abobadando com a idade.

Folhas aciculares (em forma agulha), com 12-15(20) X 0,1-0,2 cm verde-claras, rígidas e pontiagudas, aos pares na axila de uma folha rudimentar escamiforme, sobre um raminho muito curto (braquiblasto), provido de uma bainha membranosa que as envolve na base.

Flores unissexuais, amarelas, em inflorescências, masculinas e femininas na mesma planta (espécie monóica). Inflorescências masculinas subcilíndricas, agrupadas na extremidade dos rebentos do ano; as femininas dispostas numa estrutura ovoide ou globosa, com escamas lenhosas, de cor pardo-avermelhada, denominada pinha ou cone. 

Fruto uma pinha ovado-globosa, com 8-14 X 7-10 cm, subséssil, com escamas castanho-avermelhadas e lustrosas, que possuem um escudo largo e romboidal, proeminente; cada escama suporta 2 pinhões com 1,5-2 cm de comprimento, providos de uma asa curta, que se solta com facilidade. A pinha amadurece na primavera do terceiro ano e só liberta os pinhões na primavera do quarto ano.

 

Habitat/Ecologia

Prefere locais ensolarados, com solos frescos e profundos, principalmente os ácidos, soltos e arenoso, perto do litoral; não suporta geadas fortes e continuadas.

 

Período mais favorável à observação

Todo o ano.

 

Utilizações e curiosidades

Apesar de também ser cultivado pela madeira, difícil de trabalhar mas resistente à humidade, o pinheiro-manso é cultivado essencialmente pelo elevado valor comercial da sua semente – o pinhão comestível. A sua resina tem as mesmas utilizações que a do pinheiro-bravo, mas a exploração é efetuada em muito menor escala. Por suportar bem a salinidade do mar e os ventos, tem sido bastante utilizado na fixação de dunas. Visto ter porte elegante e uma copa que projeta uma sombra densa, é também uma árvore muito apreciada como ornamental. Apresenta boa resistência ao fogo, por possuir casca grossa e copa afastada do solo. Tal como as outras espécies de Pinus, o pinheiro-manso pode ser afetado pela processionária do pinheiro (Thaumetopoea pityocampa Denis & Schiffermüller, Lepidoptera), um inseto desfolhador, observável no inverno sob a forma de “ninhos brancos”, que causa a desfolha das árvores e uma quebra na sua produção lenhosa. Em anos de fortes ataques, a processionária pode constituir um grave problema de saúde pública. Esta espécie de pinheiro é menos suscetível do que o pinheiro-bravo ao nemátode da madeira do pinheiro, um verme microscópico transmitido às árvores por um inseto-vetor, entre abril e outubro, que começa por amarelecer as agulhas e pode acabar na morte da árvore.

O pinheiro-manso é muitas vezes considerado autóctone, mas ter-se-á naturalizado na Península Ibérica, porque aqui tem sido extensamente cultivado há muito tempo (calcula-se que há, pelo menos, 6.000 anos).

 

Origem

Mediterrâneo oriental.