Nome científico:

Psammodromus algirus (Linnaeus, 1758)

Nome comum:
Sardanisca do mato
Família:
Lacertidae

 

 

Lagartixa de tamanho relativamente grande, pois mede até 9,5 cm (comprimento focinho-cloaca); a cauda, relativamente longa, pode alcançar 23 cm. Nesta espécie é bem distinta a forma das escamas dorsais: grandes, muito imbricadas entre si,  fortemente carenadas (há uma quilha longitudinal sobressaliente em cada escama individual) e sobretudo aguçadas (terminam numa ponta afilada).

Há dimorfismo sexual na coloração geralmente parda. Na época de reprodução primaveril, o macho apresenta os lados da cabeça e a garganta com cor fortemente alaranjada; também pode mostrar uns sarapintados verde limão, a par de pequenos ocelos azulados, dispersos pelos flancos. A fêmea mantém a tonalidade pardacenta, exibindo um par de listras longitudinais claras de cada lado dos flancos. O ventre de ambos os sexos é esbranquiçado. 

 

Habitat e Ecologia

Ubiquista, esta sardanisca pode encontrar-se numa ampla variedade de biótopos naturais e semi-naturais, desde que haja uma componente arbustiva ou arborizada (ex. matos) obrigatória para a sua sobrevivência. É uma espécie muito comum.

 

Período mais favorável à observação

O período de atividade decorre de fevereiro a outubro, sobretudo em dias ensolarados. Espécie de atividade sobretudo diurna é também termófila; amiúde só se retira para o seu abrigo ao crepúsculo para aproveitar os últimos raios de sol.

Na Herdade da Mitra é uma sardanisca muito comum, a qual pode ser facilmente encontrada entre as pequenas clareiras de matos nos montados, pinhais e eucaliptais.

 

Curiosidades

Quando apanhada esta sardanisca pode emitir chios breves.

O nome latino Psammodromus significa 'corredor da areia'. Esta designação deriva do facto desta sardanisca também habitar em zonas dunares, embora o faça, não tanto pelo solo arenoso, mas mais pelos matagais e moitas de arbustos que cobrem geralmente essas zonas.

 

Distribuição

Presente no Magrebe e na maior parte (mediterrânica) da Península Ibérica, exceto no extremo norte. É o lacertídeo mais comum e abundante nas paisagens mediterrânicas de Portugal, desde o litoral até ao interior.